09 - Regras Para a Vida
Espiritual
“Mas o fruto do Espírito
é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22-23).
O Espírito
Santo é prático, ajuda-nos a viver um discipulado ativo e é a força que faz
nosso conhecimento espiritual se expressar em obras concretas. Ele nos
transforma no caráter de Cristo, de quem está escrito: “Escrevi o primeiro livro, ó
Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At
1.1). O Senhor Jesus foi, sem dúvida, o maior e mais influente
Mestre que já existiu. Seu ensino consistia em primeiro fazer e depois falar,transmitindo
oralmente sua lição: “...Jesus
começou a fazer e a ensinar”. Isso
impressionava os ouvintes e não ficava sem resultados. Não é um perigo
constante para nós saber tanto da Bíblia sem apresentar resultados e sem
transformar esse conhecimento em atitudes? Muitas vezes sabemos o que é certo
mas não o fazemos. Nossos vizinhos, colegas de trabalho ou estudo, nossos
parentes ou nossos filhos olham para nós, vêem o que fazemos e ouvem o que
dizemos. Será que as palavras que pronunciamos sublinham o que fazemos, ou
nossos atos gritam tão alto que ninguém quer ouvir o que temos a dizer?
Como o fruto do Espírito em Gálatas 5.22 tem nove facetas, Provérbios
3 é uma unidade, mas nos apresenta nove regras bem práticas para nossa conduta
cristã.
1. Confie
em Deus
“Confia no Senhor de todo o
teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5). As
pessoas ao nosso redor vêem em nós alguém que confia em Deus? Alguém que fala
com o Senhor em oração e que lança sobre Ele todos os seus fardos e problemas?
Alguém que, como Jó, José ou Daniel, sabe aceitar as situações de crise com
atitude de confiança, que não desanima e não deixa sua fé vacilar? Viver uma
vida confiante e provar que realmente se confia em Deus causa uma impressão
muito mais profunda do que apenas falar em confiança e esperar essa postura dos
outros. muito mais profunda do que apenas falar em confiança e esperar essa postura dos
outros.
"Confia no Senhor de todo o
teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5).
A razão
desempenha um papel importante na vida espiritual e não deveria ser desligada.
Às vezes, porém, ela pode interpor-se no caminho se não estiver sob o domínio
do Espírito de Jesus. “E a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa
mente em Cristo Jesus” (Fp 4.7). “...levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co
10.5).
Duvidar do
que Deus faz e questionar Sua Palavra não ajudam em nada nosso avanço na fé.
Somente quem confia e crê que Deus sabe o que faz e que Ele sempre faz tudo da
maneira correta manterá a paz do Senhor em seu coração. O Espírito Santo quer
nos assistir na hora de colocar em prática essa confiança irrestrita em Deus.
Alguém
disse: “Coisas que nos confundem, situações para as quais não temos nenhuma
solução têm um alvo bem definido: são parte do quebra-cabeça da nossa vida.
Deus sabe onde se encaixa cada peça. Obviamente gostaríamos de ver o jogo
acabado, mas enquanto vivermos ele não estará terminado. É por isso que
entendemos tão pouco a Deus. Parece que todos os dias olhamos para o que Suas
mãos estão fazendo, mas vemos apenas as partes que Ele move, uma vez que aqui
na terra jamais veremos o quebra-cabeça finalizado”. Isso exige confiança!
Tanto dinheiro é gasto com vitaminas, suplementos alimentares,
dietas e terapias. Nem sempre isso é necessariamente mau, mas podemos nos
perguntar se uma vida no temor de Deus não traria proveito maior para o corpo,
a alma e o espírito. Nesse contexto gostaria de citar a Romanos 12.1-2: “Portanto, irmãos, rogo-lhes
pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão
deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam
capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus” (NVI).
Provérbios
4.22 diz acerca dos ensinamentos de Deus: “Porque são vida para quem os acha e saúde, para o corpo”. E
Paulo escreve: “Pois o
exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa,
porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (1 Tm 4.8).
4. Lide
espiritualmente com as coisas 2. Estabeleça prioridades espirituais
“Reconhece-o em todos os teus
caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3.6). A
palavra “reconhecer” significa que devemos colocar o Senhor acima de tudo, no
sentido de: “pense em Deus em tudo o que você fizer”, “deixe que o Senhor
sempre seja a motivação para tudo o que você faz”, “busque em primeiro lugar o
reino de Deus”. Se buscamos a vontade de Deus em tudo o que fizermos, o Senhor
nos permitirá reconhecer Sua direção, ainda que não de imediato.
Em que
áreas de nossa vida não queremos ou não deixamos que Deus interfira ou dê Sua
opinião? Geralmente essas são as áreas que nos causam os maiores problemas. Se
envolvermos o Senhor Jesus em tudo o que fizermos, Ele nos conduzirá de forma a
que Sua vontade seja feita, e certamente não sairemos prejudicados em nada.
3. Seja
espiritualmente saudável
“Não sejas sábio aos teus
próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu
corpo e refrigério, para os teus ossos” (Pv 3.7-8). “Ler é
para o espírito o que a ginástica é para o corpo”, já dizia Joseph Eddison,
escritor inglês do século 18. Isso vale ainda mais para a leitura da Bíblia.
Ler e estudar a Palavra de Deus fazem para a alma o que o esporte e a ginástica
fazem pelo corpo. Já que alma e o corpo estão em uma relação íntima, a saúde
espiritual muitas vezes também se reflete no corpo físico. Quando a alma
adoece, o corpo adoece também, e vice-versa. O apóstolo João escreve acerca
dessa ligação entre corpo e alma: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde,assim
como é próspera a tua alma” (3 Jo 2).
Na Medicina
sabe-se hoje que pressões emocionais como estresse, pecado, raiva, preocupação
ou falta de perdão podem causar doenças físicas, e que em sentido inverso, a
cura dos conflitos emocionais pode contribuir para a cura do corpo. Isso
obviamente não quer dizer que pessoas felizes e espiritualmente saudáveis não
fiquem doentes. Outros fatores também desempenham seu papel, como os genes, o
ambiente, acidentes, contágio, etc.
Mas o que
está se confirmando cientificamente e é cada vez mais pesquisado em termos de
saúde é o que a Bíblia já nos ensina há muito tempo. Ter paz com Deus e
segui-lO de todo o coração é melhor do que “espertos” conselhos humanos acerca
de aptidão física com que nos defrontamos diariamente e que movem um mercado
milionário. “Não sejas
sábio aos teus próprios olhos”.
materiais
“Honra ao Senhor com os teus
bens e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9). Martim
Lutero teria dito: “Segurei muitas coisas com as mãos e perdi todas elas. Mas
ainda possuo tudo que depositei nas mãos de Deus!”.
““Honra ao Senhor com os teus bens
e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9).
Provavelmente
não existe nada melhor para se reconhecer o que domina numa vida do que a
maneira de lidar com suas posses. É o Espírito Santo quem manda, ou é a carne?
É o Espírito ou a avareza? É dar ou receber? É doar ou manter? São as primícias
ou o restolho? Paulo descreve muito bem como se manifesta a direção do Espírito
em coisas materiais no testemunho que dá acerca das igrejas da Macedônia (das
quais fazia parte também a igreja de Tessalônica), dizendo que os crentes de lá
deram até “acima de
suas posses” “não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a
si mesmos...” (veja 2 Co 8.1-8).
Os
tessalonicenses tinham se convertido radicalmente a Jesus Cristo. Paulo diz que
seu testemunho era bem conhecido e todos sabiam que eles haviam se convertido
dos ídolos para se voltar para Deus e para servi-lO, e que viviam na
expectativa da volta do Senhor (1 Ts 1.9-10). Bem se vê que dessa grande virada
fazia parte a conversão de suas carteiras, uma vez que a avareza também é
idolatria (Cl 3.5).
William
MacDonald escreve acerca do comportamento de muitos cristãos de hoje:
“Admitindo que uma piedosa busca pelo lucro tenha a ver com a bênção de Deus,
nos rebaixamos a ponto de adorar o dinheiro”.[1] Randy Alcorn traz um exemplo
muito impressionante do quanto são passageiras as coisas que muitas vezes nos
custam tanto dinheiro:
Como
podemos transmitir a nossos filhos de forma direta e convincente todo o vazio
do materialismo? Tente levá-los a uma excursão por um ferro-velho ou a um
aterro sanitário. Isso pode se tornar um verdadeiro evento familiar. (As filas
são menores do que nos parques de diversões, a entrada é franca e os meninos
adoram!) Mostre-lhes todas as montanhas de “preciosidades” que um dia foram
presentes de Natal ou de aniversário. Mostre coisas que custaram centenas de
reais, coisas pelas quais seus filhos brigaram, coisas que destruíram amizades,
que sacrificaram a honestidade e fizeram casamentos desmoronar. Mostre a eles a
miscelânea de braços e pernas e restos de bonecas, robôs enferrujados e
aparelhos elétricos jogados fora depois de uma breve vida útil. Mostre-lhes que
a maioria das coisas que uma família possui, cedo ou tarde, acabará num lixão
igual a esse. Leia 2 Pedro 3.10-14 onde está escrito que tudo se queimará no
fogo. E então faça a impressionante pergunta: “Se tudo o que possuímos acaba
jogado aqui, inútil e estragado, o que podemos adquirir que permaneça por toda
a eternidade?”.[2]
Outra
pessoa se expressou assim: “Todo bem material pode ser transformado em um
tesouro que dura para sempre porque tudo o que dermos a Cristo se torna
eterno”. Talvez pouparíamos muito dinheiro na oficina mecânica, na reforma da
casa ou em outras despesas, se seguíssemos a regra de buscar em primeiro lugar
o reino de Deus e a Sua justiça. Dar é melhor que receber, diz a Bíblia, e essa
máxima continua plenamente válida.
5. Aceite a
disciplina
"Filho meu, não rejeites a
disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor
repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem"
(Pv 3.11-12).
(Pv 3.11-12).
“Filho meu, não rejeites a
disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor
repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv 3.11-12). Esses
versículos também são mencionados em Hebreus 12.5ss. e Apocalipse 3.19, sempre
em imediata relação com o amor do Pai celestial. Disciplina e repreensão podem
servir a propósitos diversos.
A
disciplina divina pode ser uma medida para levar as pessoas a se converter a
Jesus. Muitas só percebem que precisam de Deus e se abrem para Ele quando estão
em apuros.
Disciplina
também pode ser uma medida contra o pecado, para corrigir um filho de Deus,
para conduzi-lo ao arrependimento e protegê-lo de cair.
Existe a
possibilidade de o Senhor fazer uso do recurso da disciplina ou da advertência
para que a graça de Deus se manifeste ainda mais abundantemente. Isso aconteceu
com o apóstolo Paulo em 2 Coríntios 12.7ss., onde vemos que ele foi protegido
da soberba, sofrendo para que se mantivesse humilde. Deus se agradava de Paulo
e queria mantê-lo nessa condição; para tanto, usou do recurso de permitir
coisas desagradáveis em sua vida.
Não
devemos colocar a disciplina e a admoestação sempre no mesmo nível do castigo e
da ira de Deus que nos açoita. O texto acima não diz que Deus disciplina alguém
de quem Ele não se agrada, mas é justamente o contrário que acontece: Ele
disciplina o filho a quem quer bem. Nesse tipo de disciplina, o que está em
ação é a pedagogia amorosa do Pai celestial perfeito, é a correção prática para
nos manter no caminho e para nos levar adiante, já que Ele tem um alvo
maravilhoso preparado para nós.
6. Seja
prudente
“Filho meu, não se apartem
estas coisas dos teus olhos; guarda a sabedoria e o bom siso” (Pv 3.21). Com
esse conselho espiritual, Salomão tinha em mente o que acabara de dizer. Ele
havia falado da preciosidade da sabedoria divina. Por Sua sabedoria Deus criou
e manteve os céus (vv.13-20). Assim, a sabedoria divina está subjacente a todas
as coisas da vida – incluindo a salvação por Jesus Cristo, como já sabemos.
Portanto, somente nos resta uma conclusão: a sabedoria divina, que vem de Sua
Palavra e é inspirada pelo Espírito Santo, é a melhor sabedoria que alguém pode
alcançar e que deveria almejar antes de qualquer outra coisa.
Mais do
que nunca, são necessárias pessoas aptas a dar bons conselhos, que com tato e
amor tomem os outros pela mão para conduzi-los a Jesus e à vida eterna.
Deus
tornou louca a sabedoria deste mundo porque ela está voltada apenas para o aqui
e agora e não para a eternidade. Em contrapartida, Deus faz uso da “loucura da
pregação” para salvar os homens (veja 1 Co 1.20-21). O Santo Espírito de Deus
mostra que mesmo a “loucura” de Deus (que na realidade não existe) ainda é
muito superior à sabedoria deste mundo. Nós, cristãos, não devemos nunca perder
de vista essa perspectiva, especialmente diante das milhares de opções que o
mundo nos oferece. A supremacia e a superioridade da sabedoria divina deveriam
nos nortear sempre.
Um
conhecido psicanalista, psicoterapeuta e médico disse: “Em mais de mil horas de
análise, com a ajuda do analista, tentei me transformar e me realizar... Meu
alvo principal – conseguir amar profundamente, de verdade – não foi tocado nem
de leve. Somente quando me abri para o amor de Deus senti que me tornei capaz
de amar de forma desapegada” (Dr. Markus Bourquin).
7. Seja
generoso
“Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o
poder de fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to
darei, se o tens agora contigo” (Pv 3.27-28). Isso nos lembra
das palavras de Jesus: “Dá a todo
o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda” (Lc
6.30).
8. Seja
sincero
Uma das
mais gratas lembranças que tenho de Wim Malgo, o fundador da nossa missão, era
sua generosidade e sua alegria em dar e ajudar. Onde ele via alguma
necessidade, reagia prontamente e ajudava, e o Senhor o abençoou muito.
Vez por outra ouve-se dizer que é tolice
emprestar alguma coisa para um Devemos ajudar a quem realmente precisa.
Não devemos dar sem razão, mas fornecer suporte efetivo para quem de fato
necessita.
pobre, já
que ele não poderá devolver o empréstimo. A Bíblia nos ensina que devemos
contar com essa possibilidade, e ajudar mesmo assim. Pois segundo os versículos
27 e 28, três coisas devem ser observadas:
“Não te furtes a fazer o bem a
quem de direito...” Devemos ajudar a quem realmente precisa.
Não devemos dar sem razão, mas fornecer suporte efetivo para quem de fato
necessita.
“...estando na tua mão o poder
de fazê-lo.” Devemos ajudar de forma a manter a visão do todo
e na medida do que podemos suportar materialmente. Não faz sentido servir de
fiador ou doar tanto a alguém ou a alguma organização a ponto de nós mesmos
ficarmos necessitados. Não é correto emprestar e depois pedir emprestado.
“Não digas ao teu próximo: Vai
e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo.”Onde
podemos ajudar, deveríamos fazê-lo logo e não deixar nosso próximo esperando
pelo cumprimento da nossa promessa. Ajuda não deve ser negada nem protelada com
desculpas piedosas (veja Tg 2.15-16).
8. Seja
sincero
“Não maquines o mal contra o
teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente. Jamais pleiteies com alguém
sem razão, se te não houver feito mal” (Pv 3.29-30). Esse
conselho é especialmente significativo na convivência familiar, por exemplo no
casamento, com os pais, os sogros, os parentes que moram na mesma casa.
Perfídia, inveja, intriga, fofoca, acusação... tudo isso repugna ao Espírito
Santo. Obviamente essa regra espiritual também se aplica à convivência na
comunhão da igreja. O Novo Testamento diz: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”
(Rm 12.18).
9. Tenha
discernimento
Se um pedaço de ferro pudesse
falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem
verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o
fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o
frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação.
Muitos
cristãos admiram o sucesso dos que o conseguiram por meios ilícitos ou
duvidosos, invejam suas conquistas, sua influência e seu reconhecimento. Também
olham para personalidades duvidosas do mundo do cinema ou da música e desejam
um naco de sua “sorte”. Nos filmes e na televisão, essas celebridades são
heróis, mas vivem cometendo adultério, trocando de parceiro, praticando
violência, enganado os outros ou falando contra Deus.
William
MacDonald escreve: “Nos tornamos vítimas entusiasmadas de programas televisivos
imbecis ... De bom grado permitimos ser ‘prensados dentro do formato deste
mundo’ (Rm 12.2), assumimos sua maneira de falar, de se divertir e de
pensar”.[1] Não deveríamos admirar a prosperidade daqueles que não buscam um
relacionamento com o Senhor Jesus,“porque
o Senhor abomina o perverso” (v.32) e “as más conversas corrompem
os bons costumes” (1 Co 15.33; veja também Fp 3.18-19).
Lemos
sobre os nove aspectos do fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos
deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos
outros” (Gl 5.22-26).
Muitos
podem estar se perguntando como se transforma isso em prática de vida. C.H.
Spurgeon nos fornece uma boa diretriz nesse sentido:
Se um
pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou
frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e
espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria
agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por
uma transformação. Mas se esse pedaço de ferro pudesse falar, com certeza não
iria louvar a si mesmo, uma vez que ferro e fogo são duas coisas bem distintas.
Se ele pusesse se gloriar, iria se gloriar do fogo, que o transformou em um
material bem diferente. – Assim, em mim mesmo eu sou escuro, frio e duro; mas
quando o Senhor toma posse de minha alma, quando Seu Espírito penetra em meu
coração e fico repleto do Seu amor, então vai embora tudo que é tenebroso, toda
a dureza e toda a frieza, e mesmo assim a honra não cabe a mim, mas ao Senhor
que fez a obra.
Quem se
entrega incondicionalmente ao Senhor experimentará transformação.
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