A Importância
da Consciência
At. 24.10-21
Int.- O
Apóstolo Paulo estava preso em Cesaréia e foi apresentado perante o tribunal do
governador Félix; o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos e certo
Tertulo, orador, para acusarem Paulo de sedições e defensor da seita dos
nazarenos, e também o acusando de profanar o templo.
Paulo tendo a
oportunidade, no seu discurso disse: “Procuro sempre ter uma consciência sem
ofensa, tanto para com Deus como para com os homens”.
É como Paulo tivesse
dito: “Eu me exercito, eu labuto, para ter uma consciência pura diante de
Deus e diante dos homens”.
Deus dotou o homem de
corpo, alma e espírito e a consciência é uma faculdade do espírito, do homem
interior.
I- A Consciência e a Salvação.
Quando éramos
pecadores, nosso espírito achava-se completamente morto. Nossa consciência
também estava morta, e sem condições de operar normalmente.
Ef. 2.1: E
vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados.
Isso não significa que
a consciência do pecador seja completamente inativa. Ela atua, sim, embora
esteja em estado de coma. Toda vez que ela se manifesta só o faz para condenar
o pecador.
Logo que Adão comeu do
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, sua intuição e sua comunhão
morreram completamente para Deus.
Como a consciência do
pecador não possui a vida de Deus, ela é considerada morta, embora, de acordo
com a percepção humana, ela pareça ativa.
Logo o Espírito Santo
inicia a obra de salvação, ele desperta essa consciência que se acha em coma.
Jo. 16.8: E,
quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo.
Se, porém, a
consciência do homem se fechar, ele jamais poderá ser salvo.
O Espírito Santo
ilumina a consciência do pecador com a luz da lei de Deus, a fim de convencê-lo
do pecado. E o mesmo Espírito ilumina a consciência do homem com a luz do
evangelho, a fim de salvá-lo.
Pela nossa consciência nós somos convencidos pelo Espírito Santo dos nossos
pecados e então a nossa consciência é purificada e nós somos regenerados.
-
É na consciência que Deus expressa sua santidade.
-
Por isso o sangue de Cristo purifica a nossa consciência das obras
mortas.
-
Com a consciência purificada dessa maneira nossa intuição espiritual pode
servir a Deus.
Hb.
10.22: Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de
fé; tendo os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água
limpa.
-
Para podermos chegar na presença de Deus, precisamos chegar com verdadeiro
coração, com a consciência purificada.
-
Para chegar na presença de Deus, não é só cantar louvores, abrir a boca e
cantar corinhos ou hinos da harpa; não é só dobrar os joelhos e orar vinte
minutos ou uma hora de oração.
-
A questão é como está a nossa consciência? Se estamos chegando na presença de
Deus com um verdadeiro coração ou não? Se a nossa consciência está nos acusando
de alguma coisa ou se está limpa?
-
Quando a consciência do crente não está pura, ele se aproxima do Altíssimo de
modo forçado, sem autenticidade.
II-
A Consciência do Crente.
Quando o espírito do crente é regenerado, sua consciência volta á vida.
I
Pe. 1.3: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
-
A sangue de Jesus purifica sua consciência e, lhe dá um sentindo aguçado para
obedecer à vontade do Espírito Santo.
I
Pe. 1.23: Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da
incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.
-
Quando fala aqui sendo de novo gerados. Quer dizer: “Que a consciência do
crente voltou à vida”.
-
O primeiro passo para a santificação é atender à consciência.
-
Seguir a voz dela é sinal de verdadeira espiritualidade.
-
Se um cristão não a deixar agir, ficará impedido de entrar na esfera
espiritual.
-
Nossa consciência nos informa se estamos purificados para com Deus e com os
homens.
-
A nossa consciência mostra, ainda, se nossos pensamentos, palavras e ações
obedecem à vontade de Deus ou não.
-
À medida que o crente cresce espiritualmente, o testemunho da consciência e o
Espírito Santo parecem andar juntos.
-
Isso se dá, quando a consciência se encontra sob o controle pleno do Espírito
Santo.
Rm.
9.1: Em Cristo digo a verdade, não minto, dando-me testemunho a
minha consciência no Espírito Santo.
-
A consciência do crente regenerado está em sintonia com o Espírito Santo.
-
Se a nossa consciência nos condena, então realmente devemos estar errados.
-
Sempre que isso acontecer, precisamos nos arrepender imediatamente.
-
Não devemos jamais tentar encobrir nosso pecado ou subornar nossa consciência.
I
Jo. 3.20: Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus
do que o nosso coração e conhece todas as coisas.
-
Tudo o que a consciência condena Deus também condena.
-
A consciência fala pela vontade de Deus, e não pela razão.
-
E os cristãos não devem viver pela razão, mas pela vontade de Deus.
-
Se vivermos segundo o espírito, ouviremos a voz da consciência.
-
Ninguém deve tentar fugir de alguma censura interior.
-
Antes devemos estar atentos à sua voz.
-
Se vivermos constantemente no espírito, seremos constrangidos a nos humilhar e
a dar atenção às correções da consciência.
-
De forma humilde, tranquila e obediente, devemos permitir que a consciência nos
reprove e condene cada pecado que praticamos.
-
Devemos aceitar a repreensão da consciência e estar dispostos a agir segundo a
mente do Espírito, e eliminar tudo que é contrário a Deus.
-
O crente que é incapaz de seguir totalmente sua consciência está desqualificado
para andar em espírito.
-
Toda vez que a consciência do crente o reprovar, sua reação imediata deve ser:
-
“Senhor, desejo te obedecer”.
-
Se estivermos dando ouvidos à nossa consciência, o Espírito Santo, sem dúvida,
nos ajudará.
-
A consciência é como uma janela para o espírito do crente.
-
Através dela, os raios do céu brilham no espírito, inundando de luz todo o
nosso ser.
-
Se a consciência de algum crente estiver reprimida e insensível, isso significa
que ele deve estar espiritualmente caído.
-
Nada pode tomar o lugar de uma consciência sensível.
-
Mesmo que o crente possua um excelente conhecimento, ou trabalhe bastante, ou
tem emoções ardorosas ou vontade forte precisa ter uma consciência sensível.
-
A sensibilidade da consciência pode aumentar ou diminuir.
-
Toda vez que o crente deixa de ouvir a consciência, prejudica sua vida
espiritual.
-
Esse dano descambará para a carnalidade.
-
Enquanto não aprendermos a aceitar diretamente a repreensão que brota da
consciência, não teremos condições de saber como é importante para nossa vida espiritual
dar atenção à voz da consciência.
-
O Espírito Santo fala ao nosso espírito, fala a nossa consciência.
Hb.
12.6: Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que
recebe por filho.
-
Essa correção começa com uma voz na consciência do crente.
III-
O Crente Deve Servir a Deus Com Uma Boa Consciência.
-
O crente deve ter uma boa consciência em servir a Deus.
-
O apóstolo Paulo fazia questão de dizer que servia a Deus com uma boa
consciência.
At.
23.1: E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse: Varões irmãos, até o
dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência.
-
Esse é o segredo da vida de Paulo.
-
A consciência regenerada do apóstolo em nada o repreendia.
-
Ele agia sempre de acordo com ela, e jamais praticava nenhum ato que ela
desaprovasse.
-
Por isso, ele era ousado diante de Deus e diante dos homens.
-
Quando nossa consciência fica obscura, perdemos a intrepidez.
-
Por isso que o Apóstolo Paulo fala aqui:
At.
24.16: E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa,
tanto para com Deus como para com os homens.
- A ousadia do crente vem de uma consciência pura e
imaculada.
I Jo. 3.21,22: Amados,
se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus.
E qualquer coisa que
lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e
fazemos o que é agradável à sua vista.
- Na verdade, uma consciência manchada é o que mais
impede na comunhão com Deus.
- Só com uma consciência pura podemos servir a Deus.
II Tm. 1.3: Dou
graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência
pura, de quem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia.
- Se nossa consciência estiver obscura, certamente
afastará nossa intuição espiritual de Deus.
- O apóstolo Paulo da testemunho da sua consciência.
II Co. 1.12: Porque
a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com
simplicidade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos
vivido no mundo e maiormente convosco.
- Só uma consciência sem culpa dá testemunho do
crente.
- É bom termos o testemunho dos outros.
- E é ainda muito melhor ter o testemunho de nossa
própria consciência.
- É importante dizer: Que nossa espiritualidade é
medida pela sensibilidade da nossa consciência.
Conclusão:
- A consciência atua no crente como um monitor da
parte de Deus.
- Ela nos informa quando algo está errado ou precisa
de reparo.
- Podemos evitar muitas consequências danosas,
simplesmente atendendo à nossa consciência.
- Dê importância a sua consciência, pois ela recebeu
vida pelo Espírito Santo.
Deixe seu Comentário!